segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

TRIUNFO COM RAÇA NA (GOU)VEIA

LEVERENSE, 3LAVRENSE, 2

O futebol voltou ontem a provar que pode sempre contrariar qualquer teoria ou favoritismo. O «aflito» Leverense, que chegou a ter a participação na I Divisão em causa, fez das fraquezas forças e fez cair o (até ontem) líder.O encontro foi quase sempre equilibrado, apesar do Lavrense até ter entrado com sinal mais e ver mesmo, aos 3 e 5 minutos, Machado e Vasco, em lances absolutamente idênticos, falharem o que parecia impossível, ou seja, desviar com sucesso, já em plena pequena área. Assim, como quem não marca, sofre (lá está, outra máxima), os matosinhenses começaram a consentir um maior atrevimento dos da casa e Gouveia, aos 30 minutos, inaugurou o marcador com um remate cruzado, depois de um grande trabalho individual, numa diagonal da esquerda para o meio.Este golo galvanizou o Leverense que, com muita raça, começou a «fechar» (e bem) todos os caminhos para a baliza de Barbosa e a surgir, cada vez mais, em perigosos contra-ataques. Já o Lavrense, continuava sem ideias, o que aumentava as dificuldades em ultrapassar tão laborioso opositor. Para complicar, já sobre o apito para o intervalo, em mais um contra-ataque «venenoso», Gouveia escapa-se com rapidez por entre os «centrais» adversários e à saída de Bruno faz o 2-0 num subtil «chapéu».No entanto, o jogo ainda estava longe de estar resolvido. O Lavrense reduz, por Serrão, logo no reatamento e assumiu definitivamente as rédeas do jogo, colocando «toda a carne no assador». Porém, estendendo o cobertor para a frente, destapa-se as costas e João, em contra-ataque, numa jogada de três toques, isola-se e, com muita calma, eleva para 3-1.O Lavrense lançou-se então, literalmente, ao ataque e ainda conseguiu reduzir novamente, mas os leverenses estavam mesmo determinados e, fazendo das tripas coração, «despacharam», de toda a maneira e feitio, as bolas que caiam, em «chuveirinho», na sua área e arredores.O espectro do empate – injusto para abnegação dos gaienses (aos matosinhenses, pela posição que ocupam, exigia-se mais – ainda pairou, mas Barbosa, com a defesa da tarde, negou o golo a Serrão e garantiu tão preciosa vitória.
Leverense
Barbosa; Jorge, Fernando, Pinho e Marco; Ricardo, André, Ruizinho e Jorginho (Vidal, 60); João (Emanuel, 75) e Gouveia (Nogueira, 90+3). Treinador: Rui Avelino.
Lavrense
Bruno; Zé Maria (Wilson, 46), Filipe, Faial (Tiago, 70) e Ribeiro (Pedro, 46); Augusto, Freitas e Vasco; Machado, Brito e Serrão. Treinador: Pedro Vinhas.
Árbitro: José Coelho, auxiliado Celso Neves e Ricardo Nogueira.
Jogo no Campo de Jogos Comendador António Pimenta da Fonseca, perante cerca de 250 espectadores.
Ao intervalo: 2-0. Marcadores: Gouveia (32 e 45), Serrão (47), João (62) e Freitas (80).
Cartões amarelos: Pinho (22 e 90), André (75), Pedro (75) e Ricardo (85).
Cartão vermelho: Pinho (90).

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